Tuesday, March 28, 2006

Sócrates e Aristóteles

Sócrates (não o verdadeiro,mas o nosso)está numa de fúria desburocratizante.
Quer paz nas relaçoes do estado e seus orgãos e serviços com os cidadãos.
Queremos todos. Mas queremos mais.
Sócrates afirmou considerar urgente e inadiável a reforma de um estado que , diz ele, se quer social, mas moderno.
Mas... recusa-se a discutir as funções do estado. Esclarece: "não vou falar-vos das funções do estado: essa é uma discussão que já vem do tempo de Aristóteles...mas não estou convicto que o essencial para modernizar a Administração Pública seja entrar num debate sobre o que o estado deve ou não fazer".
Esclarecedor. Sócrates cita Aristóteles e provavelmente com alguma razão de ser. Está por demonstrar que as leituras do nosso Sócrates tenham passado de Aristóteles.
E muito mais duvisoso é que ele saiba quais são as funções de um estado europeu, ocidental, moderno. Porque só assim se comprende que não queira debatê-las.
Mas, com debate ou sem ele, com discussão ou sem ela, é imperativo que ele tenha a coragem de nos dizer quais são , no seu pós Aristotélico entendimento, quais são as funções do estado. Se é que já pensou nisso.
Porque o estado é a arma de que se serve para nos garantir um futuro melhor ou nos destruir.
E porque é a partir de aí que se constroi o edifício político.

Era só o que nos faltava. Termos um 1º ministro que não soubesse dizer-nos sem a mais pequena hesitação quais as funções do estado.
Sócrates quer improvisar. Mas para isso será melhor que se dedique à música.
Mas que vá dar música a outros.

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