Wednesday, June 28, 2006

KALASHNIKOV

Mikail Kalashnikov , o general russo que, em 1945, concebeu a célebre arma AK-47,mais conhecida pelo nome do seu "inventor", lamentou que esta arma se tenha tornado na arma mais usada pelas guerrilhas de todo o mundo.

Existem mais de cem milhões por aí "à solta", usadas para matar,massacrar, torturar e perpetuar conflitos em todo o mundo. Desde o Iraque e Afganistão, à R D do Congo e à Venezuela.

A arma é produzida em 14 países e usada também pelos exércitos de 82 estados.

As mortes que capitalizou são incalculáveis.

Apesar ddisso, Mikail, julga-se um homem de êxito ( que no mundo das coordenadas em se move, efectivamente é) e dorme de "consciência tranquila", lamentando, apenas, que o seu brinquedo tenha mostrado tão grande aptidão para matar e massacrar. Ou seja, que tenha cumprido com êxito a missão que lhe estava destinada.

Vale a pena falar de hipocrisia, no seu aspecto mais censurável e degradante?

Não Isto é muito pior o que hipocrisia É a inversão total de valores que deveriam reger a humanidade.

O mundo deste senhores é um anti mundo. De uma outra dimensão. Onde os valores essenciais da humanidade não cabem.

O Sr Kalashnikov não inventou um inocente brinquedo para crianças.

Inventou uma arma que, como todas as armas, só teria algum interesse se se revelasse mais mortífera do que as já existentes àquela data.

Se muitos a usam é porque cumpre a missão para que foi concebida e os seus fabricantes as vendem sem outras preocupações para além de recolher os lucros da venda.

Quaisquer comentários que mascarem esta realidade são meros exercícios de retórica, feitos por imbecis mal intencionados (perigosa combinação).

É claro que o defeito não é da arma. Que em si é inerte .

É do inventor, dos fabricantes, dos governos que protegem e promovem a sua produção e exportação, dos intermediários, de quem as compra e de quem financia essas compras e, finalmente, de quem as usa .

Todas as mortes que a arma tenha provocado e venha a provocar devem ser-lhes creditadas. Independentemente das alarvidades que possam declarar para aligeirar as suas dores de consciência.

Uma longa lista como se vê. Como homem (com "agá" pequeno) sempre como figura central.

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