Lei da Paridade

Cavaco estreou-se,na passada Sexta Feira, no exercício efectivo de funções de Estado.
Vetou a Lei da Paridade , aprovada pelo PS e BE
Honra lhe seja feita.
BE e PS , no caso, deram um bom exemplo da sua imaturidade política e mereciam o correctivo adequado. Queriam resolver uma questão séria por via legislativa, sem atentar à enormidade e inadequabilidade do método Por este caminho o PS um destes dias decretaria a proibição da pobreza e doutros males que nos afectam e julgar se ia muito inovador...
Cavaco tem inteira razão nos fundamentos que invocou, embora tenha esquecido outras igualmente importantes.É bom que se tenha estreado com uma questão que ninguém, a não ser os liricos deputados do PS e do BE, se atreverá a contestar.É óbvio que o aumento da participação das mulheres na vida pública "é um pilar fundamental da democracia". Como o é a participação de todos nós.
Democracia regulada por agentes entrincheirados nos seus partidos, é uma caricatura de democracia.E eles sabem-no bem. Mas enquanto puderem manter-se neste "quentinho" , por lá continuarão.
Talvez nos salve a determinação de Cavaco. Porque os sabujos nunca o irão afrontar.
Veja-se como já começaram a dizer "amen" às razões do veto .
As mulheres como os homens, esperam do PR uma grande ajuda para que a dignificação dos direitos políticos de todos nós constitua uma prioridade constitucional.

É simbólico que o PR que continua a ser o "ai Jesus" da direita, esteja neste particular de acordo com o PCP , que votou contra o projecto.