Tuesday, May 16, 2006

Maternidades

Correia de Campos está cheio de sorte.
A mesma sorte que têm o governo e o PS. Não têm quem seja capaz de denunciar os seus erros e arbitrariedades.
Todos os seus opositores de enredam na conversa para que Campos e o governo os atraiem e ficam como que hipnotizados por ela incapazes de lhes opor as verdadeiras razões com que poderiam confrontá-los.
É assim, mais uma vez coma questão de algumas maternidades.
Campos só conhece a cantilena das falta de meios técnicos e humanos. Que até parece nem sempre ser verdadeira.
Ora a isto o que há a opor é que a missão o governo não é encerrar maternidades ou quaisquer outras unidades de prestação de cuidados de saúde. É dotá-las URGENTEMENTE de todos os meios de que elas ainda careçam. Ponto final. Assim é (e só assim) se demonstra interesse verdaeiro e sério pelo melhores cuidados a prestar aos utentes.
Ou então dizendo-lhes: vamos melhorar a vossa unidade , o que demorará X meses. Até lá Terão cuidados suplementares que poderão encontrar em tal unidade. E CUMPRIR. O resto é a velha conversa economicista que Campos diz não o mover, mas logo a seguir esclarece que, afinal, sempre o motiva e não tem medo de o confessar.

Uma outra questão é a da comparação das taxas de êxito e de mortalidalidade das várias maternidades do país.

Neste particular Campos está a vender aos Portugueses uma infâme mentira que vai distribuindo diligentemente.

Pela conversa do ministro parece que nalgumas maternidades da sua preferência não há acidentes e a taxa de mortalidade é igual a zero. Desapareceu. Mentira. Que publique os indices de mortalidade de todas as maternidades da sua preferência e depois que esclareça melhor os seus equívocos.
Não há maternidade nenhuma onde uma mulher tenha assegurado um êxito total do seu parto.
Só na cabeça do ministro vender esta ideia pode ser possível.
Os médicos estão mal.
Já o dissemos mais de uma vez- O ministro,com grande pena dele, não é médico. É um licenciado em direito que cedo se interessou pelos números da saúde e resolver fazer a sua vida numa àrea a que não foi capaz de aceder profissionalmente.É o exemplo perfeito do burocrata de êxito.
Parece até ter um certo sadismo em exibir-se como uma espécie de capataz dos médicos para satisfazer esta frustração.

O maior problema é que Campos , muito senhor de si ( como Carrilho, por exemplo) é incapaz de detectar as suas insuficiencias e os problemas não irão ficar por aqui.

Os problemas da saúde exigem uma sensibilidade e uma formação técnica que o ministro não tem. E que disfarça com uma "democraticidade" tão velha como ele.
É um embuste.

Campos é só uma espécie de Medina Carreira da saúde.
Imagine-se o perigo que representa!

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