Thursday, April 27, 2006

CAVACO E A COESÃO SOCIAL

CAVACO não é um paraquedista na política.
Durante dez anos foi o responsável pelas políticas levadas a efeito.
Saiu como entrou. Sem ter mudado nada no que diz respeito às questões económicas, que sempre privilegiou, ou sociais,que nunca o comoveram.
Por isso o seu apelo a uma melhor atenção às questões da exclusão social e a um esforço para quea justiça social seja privilegiada,deixa os mais céticos de pé atraz.
Cavaco é o mesmo.
Enquanto 1º ministro nunca se comoveu com questões sociais. As desigualdades eram um "produto natural" dos modelos por que optou. A sua formação económica e financeira levaram a melhor até sobre a sua formação Cristã.
Acontece que Portugal é o país da europa menos eficaz no combate à pobreza.É também o nono país da UE commaior risco de pobreza.
A percentagem de Portugueses com um rendimento inferior a 60% da média é de 27% antes da intervenção do estado baixando apenas para 21% depois das transferências sociais.
A questão não é,pois, académica.
A questão é: perante tudo isto, Cavaco mudou mesmo ou limitou-se a fazer o seu número, para Portuga ver, e vai continuar um obstinado adepto do ultra liberalismo que promove a agrava o fosso entre muito ricos e muito pobres?
Quer reformas ou dar esmolas aos pobrezinhos?
Quer um estado capaz de resolver este problema ou continua a pensar que o estado deve recusar essa obrigação e vai esperar que as instuições privas façam o que o estado se recusa a fazer?
Todas as dúvidas são legitimas. Vamos esperar para ver se Cavaco se reconverteu ou apenas quis aliviar a sua má consciencia.
O tempo o dirá.

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