Sunday, November 26, 2006

Cavaco e o PSD

(texto integral da publicação no CM )

A familia social emocrata amuou com a entrevista de Cavaco à TVI.
Não confunddir com a direita ,ue exultou tanto ou mais do ue Sócrates.
Referimo-nos aos escravos do aparelho partido.
Que a ele resumem todo o seu "pensamento" e actividade política.

Cavaco está-se,finalmente, nas tintas para a política partidária.
Tenha ela a cor que tiver.
Mas, respeitosamente o PSD recusa-se a bater no pai.
Começa a ser constrangedor e doentio o modo reverencial como este partido insiste em tratar Cavaco.
O modo como continua um processo de auto castração que impede a sua emancipação e dura desde o Coliseu. Que dura hà longos anos e pelo andar da carruagem nunca chegará ao fim.

Trata-se de um caso de psiquiatria sociopolítica.
De um mal crónico, peganhoso , repelente e eterno, que o partido terá de carregar consigo enquanto Cavaco fôr vivo.

Cavaco nunca gostou de partidos, e já o declarou públicamente, embora seja um tipico produto seu.

Factor que poderia, até, ser uma mais valia importante, não fosse esta súbdita adopção, quase incondicional de Sócrates. Esta paixão, que nada tem de platónica e (com as oposições parlamentares democráticamente manietadas)ameaça deixar-nos indefesos contra os desvarios deste governo.

A fraqueza do PSD começou a revelar-se com a orfandade se seguiu à saída de Cavaco da sua liderança.

Foi uma orfandade tão profundamente sentida e tão dolorosamente insuportável, que desencadeou um processo colectivo de denegação que ainda hoje dura e promete eternizar-se.


Cavaco tornou-se um ícone vivo graças não só à menoridade cultural e política e à grande insegurança dos sociais democratas,mas também graças a um fenómeno, muito comum, de uma espécie de hipnose mediática que o bombardeou e incensou durante anos.
Mas é suficientemente lúcido para não ter dúvidas de que não é senão o produto final
deste processo de marketing enviesado e provinciano.

Ser o mwlhor num grupo de medíocres não é grande conforto.
Mas soube-lhe bem, enquanto líder do PSD,um culto da personalidade (caseiro..) que, tornando-o a excepção,automaticamente transformava o resto do partido num rebanho de inocentes medíocres,onde ninguém valia nada E , sem o "pai" de nada seria capaz.

De talmodo que é este, ainda hoje, o retrato do partido.

Mas há muitos anos que Cavaco não é o santo protector do partido,que, assim, dirige as suas preces a um santo especializado noutro tipo de milagres.

Desde que abandonou a partido limitou-se a (passiva ,mas não gratuitamente) alimentar o culto que os seus devotos lhe dedicavam e a recolher os frutos de uma singela , mas muito eficaz, gestão de imagem.
A deixar o rebanho exaltá-lo como o melhor do seu património histórico.
A única joia da coroa entretanto arruinada.

Cavaco é um homem intrinsecamente sério.
Mas a seriedade na acção política tem muito que se lhe diga.Não é limpa ,como na vida privada. E nunca podemos dá-la como garantida.
Habituaram-nos a tomar, institucionalmente, como sérios os mais estranhos e condenáveis comportamentos.Das mentiras mais descaradas aos silêncios mais comprometedores.

Não é sério violar promessas eleitorais
Não é sério usar artificios de linguagem para confundir adversários e eleitores.
Não é sério evitar questões incómodas.
Não é sério "dar explicações" ue nada explicam.
Não é sério promover medíocres.
Metade da vida política deste pais é feita numa base de falta de seriedade.

E Cavaco é , hoje, o grande timoneiro.

Este PSD não vai lá com ninguém enquanto Cavaco existir e o partido não fôr capaz de o criticar ou louvar com igual desenvoltura e independência. Antes que esta emancipação aconteça qualquer líder será um sucedâneo de quinta categoria.

Mas Cavaco também nunca cederá ao choro dos filhotes decepcionados.
Como não se comoverá com os encómios dos que pouco surpreendentemente lhe lambem as botas.

O que torna ainda mais irracional e doentia esta subserviência pseudo política do PSD e seus dirigentes mais destacados e militantes.

Até quando irá o PSD prolongar esta agonia ?

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