Friday, April 07, 2006

Tin tin em Angola

Não é um novo album de Hergé.
É a 1ª coisa que nos faz lembrar a incursão de Sócrates por terras de Angola.

Uma aventura inocente e semconsequências, para deleite de amantes da banda desenhada.
Porque não se entende a utilidade da excursão.
Sócrates é um neo liberal mal disfarçado de socialista.
Também ele entende que o estado só atrapalha.
Mais em Angola porque por cá, convenhamos. Por cá já se rendeu. O estado nunca promoverá a saída da crise. Reduziu-se à sua insignificância e espera que os investidores façam o milagre.
Tornou-se, assim, um fervoroso adepto da iniciativa empresarial.
Porque terá então avançado para Angola para eventuais negociações ao nivel de estados com umcortejo de empresários debaixo do braço?
Então para Angola tem ideias diferentes?
Em Angola há já muitos Portugueses e muitas empressas Portuguesas , devidamente integrados e a trabalhar bem, que nunca precisaram de nenhum Sócrates, ou qualquer outro político bem falante , mas politico/económicamente nulo, para nada.
Estão lá os melhores e os mais ousados.
Os que nunca lá puseram os pés e só se atreveram a pisar solo Angolano com a papá a dar-lhes a mãozinha não são de fiar. E os Angolanos sabem-no muito bem.
São uma casta diferente que nunca arrisca nada. Dão uma galinha a quem lhes der um porco.

Se Sócrates tivesse ido só teria feito muito melhor.
Acordos de cooperação ao nível do ensino, da saúde, da justiça e de tudo quanto pudesse significar aperfeiçoamento das instituições públicas Angolanas ajustam-se às probabilidades de implementação que dependem de Sócrates.
O resto é um devaneio que os Angolanos podem perdoar-lhe, mas não levam a sério.

Sócrates não pode ter dois pesos e duas medidas para a relação do estado com os empresários .
Uma para uso interno e outra para uso externo.
Em casa fiscalizá-los e fingir que tudo depende deles . Em Angola querer transformar-se no seu anjo da guarda. Fingir ser o seu incentivador e protector. Sabendo que nunca o será.
Mais do que as palavras de circuntância é esta realidade que define Sócrates.
Os Angolanos farão a sua própria selecção. Ficarão com o trigo e devolverão o joio.

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