Thursday, March 30, 2006

Para quê?

O debate de ontem na AR (ciência e tecologia) foi confrangedor.
Lá estiveram o governo, os grupos paralamentares e alguns mirones.
PSD e CDS fizeram o que puderam.O que significa. Nada. BE e PCP cumpriram a sua obrigação. O que signfica pouco.Sócrates, embora mediocre e evitando algumas questões, parecia uma estrêla no meio de tanta desgraça.
Mas a grande surpresa veio e um casalinho de deputados do PS que nos presentaram com uma nojeira de espectáculo que julgávamos já impossível. Cada um à sua maneira, lá pediram a palavra para não dizerem nada. Agrediram com palavras só para que o chefe se recordades da sua existência e das vergonhas de que são capazes para demonstrar a sua canina fidelidade. Para que o chefe não fosse só questionado por "inimigos". Para que o chefe tivesse dois minutinhos para recuperar o folego. Ou talvez para se verem à noite na televisão imaginando-se eloquentes tribunos.
Uma lástima. Foi nestes exemplares que o PS obrigou muitas centenas de milhares de eleitores a votar!!!
È esta a desgraça da ligação dos governos aos grupos parlamentares, onde se encontra muito pouca gente com cabeça e que a use para pensar.

Julgámos que estávamos a ver uma sessão de uma qualquer Assembleia Salazarista ou Marcelista.
Mas não . Foi ontem. Há coisa que não mudam mesmo. Nem à bala.

Tuesday, March 28, 2006

SIMPLEX

Aí está ele. O SIMPLEX. Que só por acaso não é o herpes. Mas é da família. É a cartilha da desburocratização apresentada por Sócrates no CCB na passada Segunda Feira (ontem).
Simplex , porquê?
Explicou, diligente, António Costa: porque este nome é um algoritmo matemático de optimização, que leva à simplificação sucessiva dos termos de um problema até à forma mais linear da sua resolução. Perceberam? Se não perceberam o ministro esclarece melhor: é também um acrónimo (leram bem, sim senhor: um acronimo, seus ignorantes) de "simplificar" em que o sim quer significar "uma nova atitude para a administração que não seja marcada pelo não.
E em que o "lex" parece não significar nada. Está lá só para compor o ramalhete, porque o "sim" sem disfarce era muito permissivo.
Começou bem Costa. Para simplificar não há , realmente como algoritmos e acrónimos. É melhor que o SHELTOX. Não há complicação que resista.
Se a burocracia ficar tão simplificada como o foram as explicações de Costa teremos que passar todos a viver dentro da repartições públicas para obter o mais inocentes dos papeis.
O simplex trouxe consigo o seu irmão gémeo. O complicadex.
Ambos nasceram do casamento da falsa erudição com a parolice.
Longa vida aos recém nascidos.
SIMPLEX

Aí está ele. O SIMPLEX. Que só por acaso não é o herpes. Mas é da família. É a cartilha da desburocratização apresentada por Sócrates no CCB na passada Segunda Feira (ontem).
Simplex , porquê?
Explicou, diligente, António Costa: porque este nome é um algoritmo matemático de optimização, que leva à simplificação sucessiva dos termos de um problema até à forma mais linear da sua resolução. Perceberam? Se não perceberam o ministro esclarece melhor: é também um acrónimo (leram bem, sim senhor: um acronimo, seus ignorantes) de "simplificar" em que o sim quer significar "uma nova atitude para a administração que não seja marcada pelo não.
E em que o "lex" parece não significar nada. Está lá só para compor o ramalhete, porque o "sim" sem disfarce era muito permissivo.
Começou bem Costa. Para simplificar não há , realmente como algoritmos e acrónimos. É melhor que o SHELTOX. Não há complicação que resista.
Se a burocracia ficar tão simplificada como o foram as explicações de Costa teremos que passar todos a viver dentro da repartições públicas para obter o mais inocentes dos papeis.
O simplex trouxe consigo o seu irmão gémeo. O complicadex.
Ambos nasceram do casamento da falsa erudição com a parolice.
Longa vida aos recém nascidos.




A falsa erudição tem destas coisas.
SIMPLEX

Aí está ele. O SIMPLEX. Que só por acaso não é o herpes. Mas é da família. É a cartilha da desburocratização apresentada por Sócrates no CCB na passada Segunda Feira (ontem).
Simplex , porquê?
Explicou, diligente, António Costa: porque este nome é um algoritmo matemático de optimização, que leva à simplificação sucessiva dos termos de um problema até à forma mais linear da sua resolução. Perceberam? Se não perceberam o ministro esclarece melhor: é também um acrónimo (leram bem, sim senhor: um acronimo, seus ignorantes) de "simplificar" em que o sim quer significar "uma nova atitude para a administração que não seja marcada pelo não.
E em que o "lex" parece não significar nada. Está lá só para compor o ramalhete, porque o "sim" sem disfarce era muito permissivo.
Começou bem Costa. Para simplificar não há , realmente como algoritmos e acrónimos. É melhor que o SHELTOX. Não há complicação que resista.
Se a burocracia ficar tão simplificada como o foram as explicações de Costa teremos que passar todos a viver dentro da repartições públicas para obter o mais inocentes dos papeis.
O simplex trouxe consigo o seu irmão gémeo. O complicadex.
Ambos nasceram do casamento da falsa erudição com a parolice.
Longa vida aos recém nascidos.




A falsa erudição tem destas coisas.
Sócrates e Aristóteles

Sócrates (não o verdadeiro,mas o nosso)está numa de fúria desburocratizante.
Quer paz nas relaçoes do estado e seus orgãos e serviços com os cidadãos.
Queremos todos. Mas queremos mais.
Sócrates afirmou considerar urgente e inadiável a reforma de um estado que , diz ele, se quer social, mas moderno.
Mas... recusa-se a discutir as funções do estado. Esclarece: "não vou falar-vos das funções do estado: essa é uma discussão que já vem do tempo de Aristóteles...mas não estou convicto que o essencial para modernizar a Administração Pública seja entrar num debate sobre o que o estado deve ou não fazer".
Esclarecedor. Sócrates cita Aristóteles e provavelmente com alguma razão de ser. Está por demonstrar que as leituras do nosso Sócrates tenham passado de Aristóteles.
E muito mais duvisoso é que ele saiba quais são as funções de um estado europeu, ocidental, moderno. Porque só assim se comprende que não queira debatê-las.
Mas, com debate ou sem ele, com discussão ou sem ela, é imperativo que ele tenha a coragem de nos dizer quais são , no seu pós Aristotélico entendimento, quais são as funções do estado. Se é que já pensou nisso.
Porque o estado é a arma de que se serve para nos garantir um futuro melhor ou nos destruir.
E porque é a partir de aí que se constroi o edifício político.

Era só o que nos faltava. Termos um 1º ministro que não soubesse dizer-nos sem a mais pequena hesitação quais as funções do estado.
Sócrates quer improvisar. Mas para isso será melhor que se dedique à música.
Mas que vá dar música a outros.

Sunday, March 26, 2006

JARDIM

A propósito do que se vai passando na Madeira, António Costa Pinto escreveu (DN 25 Mar.) um elucidativo texto sobre a "qualidade" das democracias.
Recorda-nos ele que "alguns regimes democráticos possuem uma tão baixa qualidade que muito estudiosos começam a classificá-los como semi democracias.
Muito bem.
Ponhamos os pés no chão. A democracia é uma utopia como outra qualquer. À espera de ver a luz do dia. Não é um produto acabado. É um processo, que só terá alguma viabilidade se caminhar sempre no sentido do seu próprio apefeiçoamento.
Falar de democracias como se elas existissem já, e funcionassem de um modo perfeito, é o pior serviço que podemos prestar-lhe. E é só isso que têm feito Americanos (EUA) e Europeus na sua ansia de simultâneamente modificar e continuar a dominar o mundo.
As "democracias" de África e mais recentemente (para os que tenham memória mais curta) a "democracia" Iraquiana aí estão para o demonstrar.
O que Americanos e europeus têm feito é criar modelos hibridos que de democracia só têm o nome . E a máscara que usam é a de uns estranhos processos eleitorais destinados mais a apaziguar as consciências dos promotores desssas alterações (que mentem conscientemente) do que a instalar um regime democrático.
Os politólogos que falam de semi democracias ou não sabem o que dizem ou são adeptos da manutenção desses convenientes e execráveis sistemas. Porque chamar-lhes "democracias" (ainda que em versão diminuída) é conferir-lhes uma dignidade que não têm.
Não há semi democracias.
Ou se compreende e sente a essência da democracia e se acredita nela ou não passaremos de uma grotesca representação.
Nós, Portugueses, com um jovem processo democrático, já conhecemos bem demais as suas limitações e a impotência que somos colocados face aos detentores do poder, seus principais manipuladores.
Acreditar na democracia impõe uma vigilancia permanente das instituições. E a denúncia dos abusos. Dos pecados dos oportunistas de democracia. Que são o que mais para aí temos.
NÃO HÁ semi democracias.

Friday, March 24, 2006

Riqueza/Pobreza

O nível de "riqueza"( eufemismo dos eufemismos) em Portugal, voltou a cair em 2005.
Dito de outra maneira, para os que não têm medo das palavras nem nada a disfarçar ou esconder:
o nível de pobreza em Portugal aumentou em 2005.
À cautela avisam-nos já que a tendência se irá manter pelo menos até 2007.
Depois se verá . Mas com as reformas anunciadas pelo governo, que não conseguem efectivar-se senão a nível burocrático, a nosssa descida aos infernos vai continuar.
Voltaremos a falar depois da anunciada reforma da administração pública, com que o governo se prepara para destruir o nível ainda minimamente suportável de pobreza de mais uns largos milhares de trabalhadores.
Aproximam-se tempos em que quem não estiver confortavelmente instalado muito acima da linha de água irá sossobrar sem dó nem piedade.
O pior é que neste particular nada muda. Os grandes decisores estão todos muito longe destas preocupações.Vêem-nas de longe e por isso as não entendem.

Thursday, March 23, 2006

Também Quero

O BE propõe divórcios três meses após o casamento. E contra a vontade de quem o não queira se algum dos membros do casal o recusar. Quem fala assim não é gago
Isto é que é ser prafrentex a cem por cento.
Não queres? Comes na mesma.E vai-te tratar.
Estes privilegiados cérebros, que nunca descansam, podiam ir um bocadinho mais longe.
Se qualquer de nós se quisesse casar com quem nos não quisesse também devia poder recorrer aos tribunais que a obrigariam a casar . Sem oposição possível.
Casava e casava mesmo. Iam ver se os casamentos não centuplicavam do dia para a noite. É que assim não se entende porque há-de o divórcio estar garantido sem razões nem oposição.
Pensem lá melhor.
É graças à existência destes cérebros que vivemos descansados sabendo que o futuro da patria está assegurado.

Sunday, March 19, 2006

Pobre CDS. Pobre direita. Pobre democracia partidária.
O show que nos proporcionaram os dirigentes do CDS reunidos em pouco alegre cavaqueira neste fim se semana foi eloquente.
O partido não tem peso poltico, nem quadros de qualidade ( há muito tempo...), nem qualquer perspectiva de futuro a curto ou médio prazo, nem capacidade de auto critica, nem, por isso, sequer, uma ideia minimamente aproximada do seu valor.
Tornou-se, definitivamente uma pequena feira de vaidades. Pequena e muito original, porque ninguém naquele liliputeano partido tem razões, pessoais ou quaisquer outras para se sentir vaidoso.
O partido continua uma agonia iniciada quando a direita entendeu que as ideologias de direita eram políticamente perigosas e estavam condenadas.
E optou por as mascarar para sobreviver.

Apesar de tudo existe neste plano um desiquilibrio evidente entre os partidos de esquerda, que mantêm uma ideologia , porque se não envergonham dela e o CDS.

Mas nem pragmatismo não ideológico pode salvá-lo porque esse é já uma conquista do PSD e do PS.

Porque insistem assim os quadros do CDS em jogar um jogo em que estão definitivamente condenados ao fracasso?



O que pouco lhe custou porque o que lhe importa são as soluções.

Thursday, March 16, 2006

Ministros a mais

Vai para aí grande contestação ao ministro da agricultura.
Os agricultores estão descontentes e com razão.
Mas o governo , prosseguindo o seu objectivo de liquidar o actual sistema de saúde fecha nove maternidades e quase não há contestação.
Vida calma tem este ministro da saúde que decididamente veio para destuir.

Para passar à fase final nomeou uma comissão encarregada de "estudar a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde".
Com gente de confiança, bem entendido. O ministro sabe o que quer e eles sabem ao que veem.
A comissão terá de lhe "demonstrar" a insustentabilidade do sistema. O resto é com ele.

Moral da história:
Os agricultores reclamam.
Os utentes do SNS ou estão doentes e já não reclamam de nada ou estão ainda de boa saúde e distraídos.
O ministro, ao contrário do SNS, vai ter vida longa.

Saturday, March 11, 2006

Os Fundamentais I

Há males que vêm por bem.
Graças há ameaça de uma pandemia da gripe das aves ficámos a saber que há cem mil Portugueses fundamentais. Cem mil ! Indispensáveis à salvação da pátria.
Que garantirão a sua sobrevivência, ainda que os outros pifem todos.

O que significa que os outros nove minhões e novecentos mil, mais coisa menos coisa, são lixo. Descartáveis. Infra. Subgente.Podem morrer todos que não fazem cá falta nenhuma. Nem para estrume servem.
Os outros sim!
Onde estão ? Não sabemos. Quem são, também não. Que méritos têm, idem aspas.Quem os elegeu muito menos.
Mas eles existem. Alguém, melhor do que nós, os detectou, os elegeu e ,em bora hora decidiu protegê-los.
Eu, confesso, não conheço nenhum. Talvez, precisamente, porque não sou fundamental.
Mas eles conhecem-se todos uns aos outros, de certeza absoluta. Resulta dos seus próprios méritos.

Onde estiveram , até agora, escondidos estes soldados de tão numeroso exército?
Como é possívelque Sampaio os não tenha condecorado todos?
PUBLIQUEM A LISTA RAPIDAMENTE sff.
Não para nos rirmos, que o assunto é sério, mas para cedermos o nosso Tamiflu a um vizinho "fundamental" em apuros e assim contribuirmos para a salvação da pátria em perigo.

E não começem já com graçolas insinuando que estes fundamentais foram feitos à pressão. Que são ministros,deputados, autarcas, gestores de empresas públicas, juízes dos Supremos, altas patentes das forças armadas e pessoal dos respectivos gabinetes e as familórias.
Parvoíce! Estes são os 1ºs a querer dar a vida pela patria.

Daqui lanço um apelo lancinante :

Tudo, tudo , pelos nossos fundamentais!
Esse desgraçado H5 N1 que não respeita ninguém vai ter de curvar-se perante a sua excelência.
O segredo para o liquidar é deixar que infecte os nossos fundamentais, devidamente protegidos com arrobas de Tamiflu que nós cederemos com alegria.
Será exterminado por uma fundamentalite.
Bem feito.

"Herois do mar,
nobre povo
nação valente,
fundamentais...."

Thursday, March 09, 2006

CAVACO VI

Existe entre nós uma espécie verdadeiramente rara.
Rara mesmo.
Que só no estremo oeste da peninsula existe. É o "presidente de todos os Portugueses"

Os Portugueses dividem-se sempre ao eleger um presidente.
Os Portugueses apoiam partidos como apoiam equipas de futebol e odeiam todos os outros.
Os Portugueses quase não têm interesses comuns.
Por vezes fingem ter , mas a confusão não dura mais do que uns dias.

Apesar diso todos os presidentes dda republica, uma vez eleitos, afirmam ser "o presidente de todos os Portugueses".
Como conseguirão esse milagre?
CAVACO V

Alguém avisou Cavaco que existe um governo?
CAVACO IV

Mário Soares, que julgávamos em coma político, foi à posse de Cavaco.

Porquê não sabemos.
Poderia ter levado a sua coerência até ao fim ficando em casa.
Foi , se calhar, Maria Barroso que o obrigou a ir.
Felizmente durante a cerimónia percebeu que estava ali a mais e saiu rapidamente.
Não é má educação. É coerência.
Coisa em que como sabemos ele nunca fez concessões....
Ás urtigas o protocolo.
Estará a pensar continuar a ir ás reuniões do Conselho de Estado?

Sabujo,sabujo foi SantanaLopes queaté foi feliditar o seu ex grande mentor.
CAVACO III

Cavaco, dizem, não é um animal político.
É insulto ou elogio?

Animais políticos foi o que sempre tivemos mais. Numa promiscuidade total com políticos animais.
Foram eles que tornaram os nossos últimos anos numa verdadeira selva. Onde o que contava era o salve-se quem puder.

Cavaco é um político. Faça o favor de dar razão aos que lhe retiram o "animal".
E corte a ração aos muitos que por aí andam ainda à espera do seu bocado.
Não se animalize agora sff.
Cavaco II

Imperdoável.Jaime Gama iniciou as cerimónias da posse com uma intervenção em que sub liminarmente deu conta a todos nós dos medos de Sócrates e do PS tentando exorcizá-los dizendo a Cavaco o que deve e pode um presidente fazer.

Cavaco não ouviu , mas mesmo assim respondeu-lhe com toda a clareza. Disse o que entende que um PR pode e deve fazer.
Gama. Socrates e a bancada do PS também não ouviram nada.
Magnifico show.
É uma forma ( e talvez a melhor) de todos se entenderem.
Cavaco
Dia Um

O rapazinho de Boliqueime que gostava de puxar os pelos das pernas às meninas e pirar-se tomou hoje posse como PR.

Ainda bem que soubemos deste seu pequeno gosto.
Afinal o homem sabe que as meninas têm pelos nas pernas. Que puxar-lhos pode ser um modo de vida e que elas se irritam com isso. Demonstra-se, assim, ser mentira que saiba só economia e finanças que recite todos os mestres e se recuse a admitir a existência de soluções que os seus mestres não previram.

Afinal o nosso presidente até tem imaginação. Sublimada, mas...
Que inveja que Clinton, um conservador nestas matérias, deve ter dele.

Wednesday, March 08, 2006

A Transição

Amanhã Cavaco toma posse.
Aparentemente sem grandes expectativas. Todos pensamos conhecer bem demais o novo Presidente da Republica. Apesar do seu especial apreço por tabus.
Os seus biografos de ocasião bombardearam-nos nos últimos dias com fastidiosas descrições das suas muitas virtudes. Homem rigido inflexivel, escravo dos números e dos dossiers, trabalhador incansável, lutador , etc etc.
Por outro lado todos parecemos convencidos de que Sócrates e Cavaco são a mão esquerda e a mão direita dessa estranha entidade que é o nosso destino politico.Uma mão ajudará a outra sempre que ela seja incapaz de segurar aquilo que tenha decidido agarrar.
A expectativa mais fáci é, assim, de tédio.
Mas na verdade Cavaco nunca se deixou conhecer. Nunca deteve um poder absoluto como é teóricamente o do presidente. Diz o ditado "se queres conhecer o vilão põe-lhe o cajado na mão"
Pois ai tem Cavaco o seu cajado.

Tuesday, March 07, 2006

Depois de amanhã há festarola.
Cavaco (dizem) enviou dois mil convites. Posse e almoçarada.
Para os vinhos escolheu um Pera Manca. Bom gosto, sim senhor. A pouco mais de sessenta euros a garrafa. Confesso que com a austeridade a que Cavaco nos habituou até podia acreditar que seria ele ( e não nós) a suportar a conta. Mas é muito mais provável que inicie uma mudança de hábitos logo no dia da posse. Sinal claro de que terá renunciado definitivamente aos tabus , agora, que já não precisa deles para nada.
Belém cheira a fausto e a passeatas.
E, depois,não sejamos forretas. Se se beberem só 500 garrafas (uma para cada quatro convivas)não custarão mais de trinta mil euros.
Só com o aumento das taxas moderadoras e o encerramento das escolas paga-se isto e muito mais.
Saia uma garrafa de Barca Velha para a mesa do canto!

Monday, March 06, 2006

SAMPAIO

Entra-se hoje nos últimos dias das longa e insuportável agonia em que Sampaio transformou as últimas semanas da sua passagem por Belém.
É estranho o que se passou com ele. Mas a verdade que Sampaio, nas últimas semanas pareceu ter entrado num período de descontrole emocional que só a grandde nostalgia do afastamento do poder pode justificar. Arrastou-se pelo país, lacrimejou, continuou a distribuir medalhas ao quilo, sem critério nem selectividade desvalorizando o acto e transformando o fenómeno das condecorações em assunto para anedotas.
Não as contámos, mas diz-nos o "CM" de hoje que só de Janeiro para cá fora trezentas. E ontem para encerrar o bodo foram trinta e cinco....
Não sabemos se Sampaio sofre de um sindrome de afastamento ou se deixou só vincar mais fundo a sua natureza intíma.

Mas também por causa destes fenómenos brejeiros vou comemorar a sua substituição.

Cavaco, se não for acometido de nenhuma doença súbita do foro psicológico, pelo menos não irá continuar este degradante espectáculo.

Friday, March 03, 2006

O Guerreiro Esfarrapado.

Indecorosa é o mínimo que se pode dizer da intervenção de ontem de Telmo Correia na AR onde, levianamente, invectivou Freitas do Amaral. Um dos fundadores do partido que lhe assegurou estar ali a fazer aquelas tristes figuras.
Correia deixou-se levar por uma leviana tentação de fazer figura. Armar ao pingarelho.
É claro que tenha Freitas os defeitos que tiver, Telmo será, sempre, um agente de terceirissima categoria comparado com ele. Um anão político.
Freitas engeitou o CDS e percebe-se, agora, melhor porquê. Aquilo é gente que não interessa nem ao Menino Jesus.
Freitas tem um percurso político que dá que pensar. Mas não o têm, muito pior, todos os ex MRPP hoje magnificamente instalados, com Barroso à cabeça, todos os ex comunistas que foram resvalando para o PS e depois cada vez mais para a direita? Sócrates não começou no campo do adversário? E Pacheco Pereira? E Zita Seabra ? Já nos esquecemos que este é um país de poucas convicções e muitos vira casacas? .
Melhor que mantenham o pacto de silencio que lhes tem garantido a vidoca.

Mas Freitas tem, apesar de tudo, um forte curriculo político. Telmo não tem nada. Até a sua passagem pelo governo foi um quadro de opereta.
Mas, como está enganado acerca da sua valia, julgou promover-se dando umas caneladas a um peso pesado. Enganou-se. Quiz gozar e acabou por dar gozo.
Esteve na AR como se estivesse no recreio da escola. A fingir-se forte para impressionar os outros meninos.
Uma tristeza. É isto que o CDS tem para mostrar? É isto a direita parlamentar?
Infelizmente é. Exactamente isto.