Thursday, November 30, 2006

Meneses/Marcelo

Luís Filipe de Meneses descobriu,finalmente, quem é o seu inimigo principal.
E vergastou-o, sem dó nem pidade, no Correio da Manhã de hoje.
Nunca Marcelo Rebelo de Sousa tinha sido tão maltratado. Por ninguém.
E, curiosamente, LFM não disse mentiras, nem exagerou Pelo contrário Muito mais podia ter dito.
Marcelo tem qualidades, mas não de líder político.

Quando liderou foi um fracasso.

É um entertainer.
Faz há anos, diligentemente, a sua auto promoção e muito provavelmente nunca chegará onde quer. A sua suposta isenção como comentador está ferida de morte pelo pecado original da sua filiação partidária.Tem cor política. è um militante partidário. Tem objectivos que se subordinam a essa sua condição.

É requintado nas suas análises , mas apenas pelas piruetas que faz para não deixar entender os seus verdadeiros objectivos`´E este a encantolúdico dos seus comentários

Gostaria de ser apreciado pelas multidões, como os melhores populistas, mas a sua clientela é outra.

Quanto a populismos tem muito que aprender com Santana e com Meneses.

É um excelente jurista e professor de direito.

Mas isso não lhe chega.

A partir de agora Meneses lhe tratará da saúde.

Wednesday, November 29, 2006

O Papa e Ratzinger

O Papa e o cardeal Ratzinger convivem mal.Mas não deixam de andar juntos.

Bento XVI não consegue fazer esquecer o seu antecessor, Homem dedicado profundamente às questões da fé e aos problemas dos homens.Olhamos para ele e vemos outra pessoa.

Bento XVI lembra-nos mais o velho cardeal Ratzinger, homem de muito poucas simpatias, demasiado terreno para liderar movimentos com a dignidade ue a Igreja Católica pretende para si e para os seu. Uma Igreja preocupada com os homens naquilo que eles têm de mais intimo e pessoal mas também, necessariamente os seus sofrimentos e angústias, o seu abandono e as suas esperanças.

Não foi João XXII que ofendeu os sentimentos do mundo Islâmico.

Como não foi o Papa que esteve em Ratisbona.

Foi o cardeal Ratzinger, em visita a casa.

Também não foi o Papa que um dia disse que a Turquia não deveria ser aceite na Comunidade Europeia.Foi Ratzinger.

E,mais uma vez, não foi o Papa que, contrariando Ratzinger, declarou, na sua chegada à Turquia, que o Vaticano apoia a adesão da Turquia à comunidade.

Foi mais, uma vez, o fantasma que o acompanha para todo o lado e dá pelo nome de Ratzinger.

E que parece mais preocupado com o mundo de Cesar do que com o de Deus.

Que foi Bento XVI fazer à Turquia, para além de se penitenciar dos pecados de Ratzinger?

Sunday, November 26, 2006

Cavaco e o PSD

(texto integral da publicação no CM )

A familia social emocrata amuou com a entrevista de Cavaco à TVI.
Não confunddir com a direita ,ue exultou tanto ou mais do ue Sócrates.
Referimo-nos aos escravos do aparelho partido.
Que a ele resumem todo o seu "pensamento" e actividade política.

Cavaco está-se,finalmente, nas tintas para a política partidária.
Tenha ela a cor que tiver.
Mas, respeitosamente o PSD recusa-se a bater no pai.
Começa a ser constrangedor e doentio o modo reverencial como este partido insiste em tratar Cavaco.
O modo como continua um processo de auto castração que impede a sua emancipação e dura desde o Coliseu. Que dura hà longos anos e pelo andar da carruagem nunca chegará ao fim.

Trata-se de um caso de psiquiatria sociopolítica.
De um mal crónico, peganhoso , repelente e eterno, que o partido terá de carregar consigo enquanto Cavaco fôr vivo.

Cavaco nunca gostou de partidos, e já o declarou públicamente, embora seja um tipico produto seu.

Factor que poderia, até, ser uma mais valia importante, não fosse esta súbdita adopção, quase incondicional de Sócrates. Esta paixão, que nada tem de platónica e (com as oposições parlamentares democráticamente manietadas)ameaça deixar-nos indefesos contra os desvarios deste governo.

A fraqueza do PSD começou a revelar-se com a orfandade se seguiu à saída de Cavaco da sua liderança.

Foi uma orfandade tão profundamente sentida e tão dolorosamente insuportável, que desencadeou um processo colectivo de denegação que ainda hoje dura e promete eternizar-se.


Cavaco tornou-se um ícone vivo graças não só à menoridade cultural e política e à grande insegurança dos sociais democratas,mas também graças a um fenómeno, muito comum, de uma espécie de hipnose mediática que o bombardeou e incensou durante anos.
Mas é suficientemente lúcido para não ter dúvidas de que não é senão o produto final
deste processo de marketing enviesado e provinciano.

Ser o mwlhor num grupo de medíocres não é grande conforto.
Mas soube-lhe bem, enquanto líder do PSD,um culto da personalidade (caseiro..) que, tornando-o a excepção,automaticamente transformava o resto do partido num rebanho de inocentes medíocres,onde ninguém valia nada E , sem o "pai" de nada seria capaz.

De talmodo que é este, ainda hoje, o retrato do partido.

Mas há muitos anos que Cavaco não é o santo protector do partido,que, assim, dirige as suas preces a um santo especializado noutro tipo de milagres.

Desde que abandonou a partido limitou-se a (passiva ,mas não gratuitamente) alimentar o culto que os seus devotos lhe dedicavam e a recolher os frutos de uma singela , mas muito eficaz, gestão de imagem.
A deixar o rebanho exaltá-lo como o melhor do seu património histórico.
A única joia da coroa entretanto arruinada.

Cavaco é um homem intrinsecamente sério.
Mas a seriedade na acção política tem muito que se lhe diga.Não é limpa ,como na vida privada. E nunca podemos dá-la como garantida.
Habituaram-nos a tomar, institucionalmente, como sérios os mais estranhos e condenáveis comportamentos.Das mentiras mais descaradas aos silêncios mais comprometedores.

Não é sério violar promessas eleitorais
Não é sério usar artificios de linguagem para confundir adversários e eleitores.
Não é sério evitar questões incómodas.
Não é sério "dar explicações" ue nada explicam.
Não é sério promover medíocres.
Metade da vida política deste pais é feita numa base de falta de seriedade.

E Cavaco é , hoje, o grande timoneiro.

Este PSD não vai lá com ninguém enquanto Cavaco existir e o partido não fôr capaz de o criticar ou louvar com igual desenvoltura e independência. Antes que esta emancipação aconteça qualquer líder será um sucedâneo de quinta categoria.

Mas Cavaco também nunca cederá ao choro dos filhotes decepcionados.
Como não se comoverá com os encómios dos que pouco surpreendentemente lhe lambem as botas.

O que torna ainda mais irracional e doentia esta subserviência pseudo política do PSD e seus dirigentes mais destacados e militantes.

Até quando irá o PSD prolongar esta agonia ?

Sunday, November 12, 2006

O Cancro dos Impostos

Na Direcção Geral dos Impostos está bem instalado um empregado de um grupo bancário bancário que se tem em alta conta e há anos vem gozando toda a gente neste país.

Presidente da Répública, primeiro Ministro, e muito especialmete o minstro das Finanças e o Secretário de Estado de que depende directamente (Amaral Tomás).

Este director Geral, de seu nome Paulo Macedo, e de ue ninguém tinha ouvido falar até cair de paraquedas na DGI, ganha só a módica quantia de vinte mil euros mensais.

Uma ofensa a todos os ue trabalham.

Mas uma ofensa muito maior porue é o estado ue lhe paga.

Este senhor ganha muito(mas muito mesmo) mais que o presidente da República.

E não faz nada que nenhum bons quadros superiores da DGI não fizesse se tivesse o apoio do secretário, do ministro e do governo.

Como é evidente este arrivista não é um homem genial.Nem nada que se pareça.

É um vulgarissimo manga de alpaca que , sem a euipa ue o rodeia nada faria.

E que não se esquece que a sua "família", para onde voltará um dia, é grande família da banca .

Foi cuidadosamente escolhido pelos patrões que servia, disfarçados de ministra das finanças, para um lugar chave da administração pública Portuguesa.

E não foi por acaso, mas pela sua intrinseca fidelidade às suas origens.

É claro que havia na Direcçãp Geral dos Impostos pessoas com muito mais qualidades que este oportunista, que não é génio nem missionário.

Conheço pessoalmente, há bastantes anos, uma boa mão cheia deles.

Sérios, sabedores e devotados à instituição que teriam feito e farão o lugar muito melhor do que ele sem terem nos olhos a brilhar os cifrões ue, escandalosamente este Paulo Macedo todos os meses saca ao Estado Português.

E o Secretário de Estado, ue é da casa, também conhece.

Que , este Director Geral por empréstimo, milionáriamente remunerado, não é sequer um homem de bom senso, ou um mínimo de vergonha, revela-o o simples facto de não se sentir minimamente incomodado por ganhar muito mais que o seu ministro, que deste modo subalterniza e que intimamente goza!!!!

É claro que nesta questão de falta de vergonha ( e dignidade) , todos os membros do governo, desde Manuela Ferreira Leite até Teixeira Santos estão metidos no mesmo saco.

Todos consentiram esta imoralidade.

Todos acham natural que um director geral ( que depende funcionalmente da excelente equipa de funcionários da casa e que são os verdadeiros suportes da DGI) afronte um país inteiro.

Do PR aos mais modestos funcionários públicos. E a todos os Portugueses para quem vinte mil euros são umverdadeiro euromilhões.

Se ele não tem vergonha nem dignidade , para se ir embora, (e não tem, porque se as tivesse nunca tinha saído do lugar para onde será recambiado) despeçam-no .

Bagão Félix , ameaçou ,mas não teve tempo

E Teixeira Santos? e Sócrates?

Porquê esperar por Maio, como anunciou Teixeira Santos?

Afirma Teixeira Santos que se ele aceitar uma redução no vencimento , poderá continuar?

Então o carácter deste senhor não lhe diz nada?

Friday, November 10, 2006

HAJA CORDAS

(versão integral do texto publicado, hoje, no Correio da Manhã)


HAJA CORDAS

Saddam foi condenado à morte por enforcamento.

Como os vulgares ladrões de cavalos no velho Oeste.

Cenário perfeitamente adaptado às fantasias infantis do cow boy que habita a Casa Branca.

Um tribunal de faz de conta, destinado a dar satisfação aos desejos de uns quantos que estão tão pouco inocentes como Saddam nos muitos crimes cometidos pelo ex ditador, em desgraça,( e responsáveis por muitos mais só por sua conta)fez o seu trabalhinho. Com exemplar afinco , como vulgares mangas de alpaca.

Num Iraque que já não sabe contar os seus mortos,e onde (graças a Saddam, Bush e Blair) pouco valor tem a vida, mais um, menos um, pouco importa(passe a insensibilidade).

O que está em causa é o simbolismo que os mentores dos seus carrascos e seus patetas aliados de ocasião (alguns jornalistas de todo o mundo incluídos) quiseram atribuir-lhe.
Porque a condenação de Saddam é, apenas, o resultado directo da maior fraude político militar internacional dos últimos decénios, que foi a miserável encenação do episódio da existência de armas de destruição maciça.
Depois desta monumental falsificação da história os acontecimentos seguintes , porque dirigidos pelos mesmissimos comparsas , sempre teriam de ser uma sucessão de outras grosseiras mentiras.

Saddam é um cadáver encarcerado que já não mete medo a ninguém no seu país e países vizinhos.
Paradoxalmente só já só mete medo a Bush, pois Aznar já lá vai há muito tempo e Blair também já fez as malas. Rumsfeld já era. O senado e Câmara nos EUA acertaram agulhas.
Só o lacaio Barroso, que nos envergonhou a todos, continua Á espera do pontapé da história.

Julgou-se Saddam por que ousou questionar interesses geo estratégicos e energéticos dos seus invasores. Interesses que ( esses sim) eram verdadeiras armas de estruição maciça , como infelizmente, se demonstrou.
Até ele manifestar essa ousadia os seus invasores ,muito distraídos, nunca descobriram que ele era um sanguinário ditador!

Julgou-se Saddam porque Washington e Londres nunca quiseram evitar nenhum dos seus crimes aos quais durante anos fecharam os olhos.

Julgou-se Saddam porque a debilidade política de Bush lhe permitiu fantasiar que, desse modo, estaria a dar uma satisfação aos cidadãos americanos.

Erradamente, como veem demonstrando as muitas manifestações contra a guerra, as sondagens de opinião pública e o clima critico que impera por todo.

E como definitivamente confirmaram as eleições de Terça Feira passada onde os Republicanos averbaram uma derrota histórica e perderam as maiorias nas Câmaras e muitos governadores estaduais.

Ironia das ironias. Saddam foi julgado por crimes contra a humanidade. O mais vulgar e impune dos crimes desde que o homem é homem.

Saiu-lhe a taluda a ele.

Europeus ( os grandes mestres) e americanos ( os seus melhores apredizes), como muitos outros pelo mundo fora, são autores e co autores , insensiveis e descarados, desde há seculos, e diáriamente, de gravissimos crimes crimes contra a humanidade.
A que mem sequer os seus próprios cidadãos escapam.
E NUNCA DERAM POR NADA!!?!!!

Saddam acusado de genocidio, com as suas muitas mortes no curriculo, não é um criminoso maior que os líderes mundiais que , para além de serem perigosos e sempre potenciais agressores, se recusam a pôr termo às situações de pobreza, fome e doença extremas que dizimam milhões de pessoas por ano. E de que as maiores vítimas são as crianças.

NÃO EXISTE nenhuma diferença entre matar com balas, bombas ou misseis ou porque se recusa alimentos ou asistência médica a quem a não tem.E sem ela estaá liquidado.
É só o espalhafato , o ceário, que muda.

É, realmente, exemplar esta morte anunciada.
É a morte de um louco, , triste , acabrunhado, e só. Abandonado e traído por outros loucos.

Provavelmente ninguém fora do Iraque chorará por ele.

Os grandes criminosos deste mundo roubaram-nos a capacidade de reagir.

Lamentemos, então, que alguns ditos "tribunais" continuem, friamente, a legitimar alguns homicidios , dando-lhes uma aparência de legalidade, num "remake" supostamente civilizado, mas tão só anacrónico e doentio, da pena de talião.

Levássemos nós a sério a punição de todos os crimes contra a humanidade e não haveria cordas que chegassem.

Monday, November 06, 2006

saddam IV

Escolha múltipla

Agora, façam -me o favor de adivinhar quem, a propósito do julgamento de Saddam, teve a seguinte tirada:
" este processo é um marco nos esforços do povo Iraniano para substituir a lei de um tirano pelo estado de direito"

foi um filósofo?
foi um humorista?
foi um chefe de estado?
foi um pacifista convicto?
foi alguém em seu perfeito juízo?
foi um louco pior que Saddam?

(ver solução na página 3 do DN de hoje)

saddam III

O líder espiritual dos Irmãos Muçulmanos, Mohammad Mehdi Akef disse :
" quanto valem os crimes cometidos por Saddam quando comparados com os crimes cometidos pelos ocupantes e os que os ajudam? Nada!"
Sem comentários.

Saddam II

Carl Bildt, chefe da diplomacia Sueca disse, a pripósito da condenação à morte de Saddam ue (citamos) "é importante ue os principais responsáveis de crimes contra a humanidade sejam responsabilizados pelos seus actos".
Estamos todos de acordo
Mas como é que se lhes deita a mão ?
Quem vai buscá-los a Washington,a Londres , a Moscovo, à Coreia, às muitas capitais Africanas (uase todas) , ao afeganistão, etc, etc
E onde seriam julgados?

Tenha dó senhor Bildt!

Saddam

O menos independente dos tribunais de ue há memória, condenou Saddam à forca.

Num Iraque que já não sabe contar os seus mortos, e pouco valor tem a vida, mais um menos um, pouco importa.

Hoje mesmo, mais alguns terão morrido em atentados ou em "respostas" das tropas de ocupação.

E ainda antes de Saddam balouçar na ponta da corda muitos outros morrerão ainda.
E continuarão a morrer depois disso.

As liquidações e os ajustes de contas, são o pão nosso de cada dia naquela parte do mundo.

O que a morte de Saddam tem de original é ser decretada por um tribunal fantoche.

Um Tribunal que antecipadamente sabia que fazia "justiça" por encomenda.

Um "tribunal" que, desde sempre, soube ter de dar satisfação aos desejos daqueles que estão tão pouco inocentes como Saddam nos muitos crimes levados a cabo pelo ditador.

E que são muitos mais do que aqueles de que vem acusado.

Julgou-se Saddam porque ele não quiz render-se na véspera da invasão quando Bush lhe propôs uma "honrosa" rendição.

Julgou-se Saddam porque Bush e Blair, que ainda hoje não revelaram as suas verdadeiras motivações, não tiveram a mínima dúvida em aldrabar Igleses, Americanos e o mundo sobre o tal arsenal de destruição macissa.

Julgou-se Saddam porque os seus ex aliados não têm vergonha.

Mata-se Saddam porque os seus carrascos em Londres e Washington, que não evitaram nenhum dos seus crimes, estupidamente julgam, ainda, que assim dão uma prenda aos cidadãos dos seus países.

É, realmente, exemplar esta morte anunciada.

É a morte de um louco, triste, traído (por Bush e Blair)e só.

Ninguém chorará por ele.

Mas muitos chorarão por os autores de muitas mais mortes (incomparavelmente mais) tão loucos e mentirosos como ele, prometerem ter vinda longa e morrer na cama.

Então e para esses? Não haverá por aí uma corda?