Tuesday, February 28, 2006

Carnaval.
Fim.
Os que não andam mascarados 365 dias por anoe raramente podemfazer aquilo que lhes apetece, aproveitaram , mas disfrutar a sensação de, por momentos, serem alguém diferente.
Os outros...
Bem... os outros não se cansam das máscaras com que tentam enganar-nos todos os dias.
Mas que já não enganam ninguém.
Até para o ano , para uns.
Até logo, para os outros.

Monday, February 27, 2006

O País Das Maravilhas

Os serviços de formação da Direcção Geral dos Impostos resolveram transformar as acções de formação num regabofe. Para entretar os meninos decidiram dar como exemplo, entre outros, a (eventual) situação fiscal de uma figura Pública. Herman José. Podia ter sido a do ministro, a do Secretário de Estado ou a do Director Geral. Mas, tavez porque eles não têm gracinha nenhuma, não foi. Foi a de Herman José.
Descoberta a brincadeira logo a Administração Fiscal começa a jogar à defesa. E as boas almas começam a discutir questões fiscais. Imagine-se. A questão nada tem a ver com fiscalidade nem com o segredo fiscal. Tanto faz qe a fansasia contivesse , ou não, dados verdareiros. Se assim fosse só seria um pouco pior. É uma questão de mero bom senso. Coisa que, como ficou demonstrado não abunda por aqueles lados.
E começando por ser de bom senso acaba por ser uma questão de respeito pelo nome e privacidade das pessoas. Herman José parece que não levou a mal. É um humorista e compreende que tenha servido, mais uma vez, para divertir uma seleccionada plateia de formandos. À borla desta vez.
Pode ser que venha a ter direito a uma dedução especifica na liquidação do seu IRS.....

Sunday, February 26, 2006

À Lupa

Não há sinal mais claro e óbvio da falsa democraticidade dos nossos políticos do que as suas regulares tentativas para "domesticar" a comunicação social. Pôr-lhe travões. Calá-la. Já não lhes chega enchê-la de fidelissimos homens de mão soberbamente dis farçados de jornalistas.
Entre nós estas tentativas começam a ser tão frequentes que se tornaram um tique.
Se sobre eles cai a dúvida quanto à respectiva seriedade, se fazem asneiras ou prevaricam e são denunciados a sua resposta não é admitir os seus erros e corrigi-los, mas achar forma de calar os críticos.

Se os orgãos do estado trabalham mal e são incapazes de cumprir as suas obrigações logo alguém corre a tentar imputar culpas a quem denuncia , para que os verdadeiros culpados escapem sem censura.

Os falsos democratas que ainda conseguem fazer carreira na política sabem que a autonomia e a liberdade de imprensa, ( a forma mais visivel da liberdade de opinião) são o seu maior inimigo e não descansarão enquanto o não abaterem.

Sabem que a liberdade de opinião e de denúncia dos jornalistas é a sua má consciência e o único adversário que ainda têm de recear e, por isso, a ÙNICA barreira que nos defende do caos.

Queremos denúncias mais claras dos jornalistas. E não medrosas e reverenciais lamurias com se viu na generalidade da nossa imprensa.
Queremos um generalizado vigor nas denúncias, como o de JP Coutinho no Expresso.
Não tenhamos ilusões .
Este governo fará tudo para liquidar a liberdade de informação, de expressão, de denúncia e de crítica dos jornalistas. Para os calar. Pode começar com pézinhos de lã. Mas será o princípio do fim.
E não será com subserviencias, mascaradas com pseudo críticas delicodoces, que a democracia será salva.
Os jornalistas nunca poderão ser políticamente corretos.
Com este tipo de atitude só estarão a alimentar o monstro .

Tuesday, February 21, 2006

Pagar pelos outros II

Se o estado permite a existência e a ctividade das empresas de crédito rápido, as tais que cobram juros entre 25 e 27%, para que mantém o artigo 226º do Código Penal (Usura)?
Diz o preceito:
1. Quem , com a intenção de alcançar um beneficio, para si ou para outra pessoa , explorando situação de necessidade , anomalia psiquica , incapacidade, inépcia,, inexperiencia ou fraqueza de carácter do devedor ,ou relação de dependencia deste, fizer com que ele se obrigue a conceder ou prometa sob qualquer forma, a seu favor ou de outra pessoa, vantagem pecuniária quefor, segundo as circunstancias do caso, manifestamente desproporcionada com a contraprestação é punido com pena de prisão até dois anos ou com pena DE MULTA ATÉ 240 DIAS.
2. A tentativa é punivel.
mas,
3. O procedimento penal depende de queixa.

Ora vejam lá (se o estado não concedessse um incompreensivel regime especial a estas empresas) se este comportamento penalmente tipificado não lhes assentava que nem uma luva.
A intenção é um duvidoso benefício.
Existe sempre (sempre, sempre) exploração de uma situação de necessidade.
Como existe fraqueza e inexperiência dos devedores.
As agressivas técnicas de promoção deste crédito, que é oferecido, como uma verdadeira dádiva, por tudo quanto é sítio, explorando verdadeiros estados de necessidade, colocam os devedores numa relação de dependência inequívoca.
A vantagem pecuniaria é imoralmente desproporcionada.

Só porque o estado anda distraído já não é usura?

O próprio estado ignora o artigo 60º da Constituição que, ao conferir aos consumidores o direito à protecção da segurança dos seus interesses económicos e proibindo todas as formas de publicidade dolosa , torna este tipo de actividade de altamente duvidosa constitucionalidade?
Em que ficamos?
Pagar Pelos Outros

Não. Hoje nãovamos falar de cartoons. Vamos falar de uma realidade bem mais lamentável que anda para aí escondida. O crédito rápido ao consumo. Graças à imprensa todos ficámos a saber esta semana que as empresas que para aí andam a oferecer crédito rápido e fácil a toda a gente são uma espécie de associação de malfeitores protegidos pela lei e pelo estado. A história é simples. Estas empressa cobram aos seus clientes juros que vão dos 25 aos 27%.
dá para acreditar? Não? Mas é verdade.
Como justificam estes senhores estas taxas de juro que fariam corar de vergonha os mais voraszs agiotas? Muito simples. Não têm tempo para pedir garantias!
Mas a verdade é que nenhuma destas empresas deixa de perseguir os devedores faltosos executando o pouco que eles têm quando falham as prestaçoes em dívida. E a taxa de êxito acaba por rondar os 100%.
Mas suponhamos que fiquem em branco em relação a alguns devedores. Tudo bem na mesma. Os pagadores pontuais , com a brutalidade de juros que lhes cobram, pagam as dívidas deles e as dos outros....
E ainda fica uma grande margem de lucro.
Fantástico negócio!!!

Saturday, February 18, 2006

SNS/SOS

O ministro da saúde é um tumor maligno. Com alguma perfídia. O seu objectivo é manter-se e envenenar todo o Sistema Nacional de Saúde.

Este homem , frustrado por não ter sido médico, agarrou-se, desde cedo, a um mecanismo de compensação. O único que lhe restava. Tornou-se um burocrata do sector médico.

E foi nessa qualidade que Guterres, por ventos que sopravam de Belém, a contragosto o suportou.
Pouco tempo,felizmente.

Mas, agora, émais dificil de entender a escolha de Sócrates.
O ministro um fervoroso comunista nos seus verdes anos ( o que , esclareça-se ,não foi pecado nenhum) rapidamente atirou para a sanita as suas convicções. E a partir daí nunca mais deu para entender em que águas ideológicas se banhava tão ambicioso e cauteloso personagem.

Até há muito pouco tempo.

O burocrata dos burocratas decidiu mostrar o seu novo look.

Super burocrata com especialização emnúmeros faz , agora, deles o seu grande divertimento.

Ideias novas nunca teve. Foi sempre um seguidor de modas.
E a grande moda é o fim das ideologias e o tirania dos números. E que bem que ele se sente.
O ministro empenha-se agora em que todas as unidades de saúde sejam produtoras de lucros.

A saúde que se lixe é o seu lema. A saúde para ele não tem especificidades. São unidades produtoras de serviços e os doentes vão lá comprar serviços como vão comprar legumes ou frutas ao mercado. O lucrozinho é que tem de ser salvaguardado.

Ainda que isso ameace a possibiliade de assistência médica digna e atempada a milhões de Portugueses. Que estão indefesos contra os impetos do ministro burocrata.

Defende-os, apenas, por enquanto, a Constituição. Mas a Constituição não demite o ministro .
Quem nos nos vai salvar dos seus desvarios?
O ministro, entretanto, muito convencido dos seus "méritos" ri-se.
Oh, eng. Sócrates , este homem cabe mesmo no seu governo?

Saturday, February 11, 2006

Os Valentões

O episódio dos "cartoons" trouxe-nos um grande conforto.
O podermos ter tido conhecimento da existência de um exército de "valentões" dispostos a dar a vida por nós, pela pátria e pela civilização ocidental. A avançar contra os "bárbaros" do Islão ,( que esse exército generalizando vê todos como iguais aos terroristas que nele se albergam) se eles se não compenetrarem que com os nossos valentões não se brinca.
Os nossos valentões "não se borram" ( a expressão é de um deles), estão até dispostos a dar a vida ( dos outros....) para salvar os valores de que "ouvem falar" , esbracejam para esconjurar o perigo, trazem sempre no bolso as naifas dem afiadas (mas com que só agridem papel!!) e só estão à espera que alguém lhes dê um sinal para..... correrem, todos, a esconder-se num sotão bem escuro onde ninguém seja capaz de os encontrar.
Os nossos valentões não têm dúvidas de que são a vanguarda da civilização, os depositários da sabedoria, o ser superior com que outros já sonharam. Que são super inteligentes. Que são invulgarmente cultos. Que têm nobreza de principios. E que, como valentia não lhes falta, não toleram o intolerável. Nem sequer na casa dos vizinhos.
Um dia destes chateiam-se, vão lá e não deixam pedra sobre pedra.

São os grandes e ousados mestres da valentia oral ( é mais oral que verbal...), da provocação quando estão longe , do dar o peito às balas quando não há balas para os atingir.
Os nossos valentões se alguma vez chegasse a hora de exibir, no terreno, a sua tão grande valentia (numa bem protegida rectaguarda) fugiriam como ratos. Ou morreriam de medo.
São um grupo folclórico que só tem um número no repertório.
Mas fazem um vistaço. Incontinentes na palavra escrita ou falada são os entertainers indispensáveis à sustentação do espectáculo.
E,afinal de contas, são inofensivos.

Friday, February 10, 2006

Ora vejam lá esta:

Barroso o fogoso ex MRRPP que iniciou a sua careira a desviar equipamento da faculdade de Direito de Lisboa, para a sede do seu partido de então, deu mais um exemplo de como é superficial nas suas tiradas bombásticas que nunca escapam a um exame mais atento.

Ontem, com pompa e circunstâcia declarou alto e bom som que (cito) "a liberdade de expressão é um principio SAGRADO ( o destaque é nosso) das democracias europeias".

Não disse um princípio "fundamental", "estruturante", nem "a defender a todo o custo", nem "que faz parte das nossa conquistas culturais de que nunca abriremos mão."

Abriu a boca e disse "SAGRADO". Quis conferir-lhe, assim, dignidade religiosa. O mundo Islãmico recorre à religião para justificar a sua fúria? Ora tomem lá ! Barroso scaralizou a sua dama e transformou o confronto numa verdadeira guerrra religiosa. De um lado os seguidores do profeta Maomé e da sua doutrina . Do outro os seguidores do profeta Barroso e do seu novo e , por declaração de sua excelência, "sagrado" Deus a sacrossanta "liberdade de expressão". De que a única ideia que Barroso tem é esta! Não consegue ir mais longe.
O confronto já não é entre culturas.
Agora sim temos duas religiões em confronto!!!!!!!!
Saia D.Barroso em mais uma cruzada.......

Thursday, February 09, 2006

CARTOONS


Quando um autor autentica a sua obra, como criador, assume os custos das reacções que ela possa provocar. Do mais profundo deleite à mais obstinada rejeição. Sentirá gratificação , indiferença ou rejeição.
É o risco, e o custo, do don, verdadeiramente único, de criar.
Podemos, ou não, solidarizar-nos com um autor. Aderir à sua obra.
Se ninguém o fizer ele fica refém da mesma, solitário no campo de batalha.
Todas as reacções a uma obra de arte que não sejam de verdadeira, profunda e espontânea adesão são artificiais. Caiem em domínios estranhos aos da arte. São produtos da especulação.
E, então,tudo é possível.
São usos e abusos ilegitimos que o verdadeiro criador devia denunciar e rejeitar.
Acontece que , hoje, com a arte transformada numa poderosa industria, o verdadeiro criador é uma ave rara.

CARTOONS-II

A arte admite limites? Em abstracto não.Mas voltamos sempre à definição de arte e de artista.
Poderemos sempre, no entanto,dizer que os admite. Mas apenas, os que resultem da vontade do criador, da sua estrutura como artista e como homem, das forças que "o possuam" no acto de criação.

A obra de arte não precisa de adeptos circunstanciais.
Abomina-os. Fala por si . Será ela própria, a resposta a todas as investidas de que seja objecto.
E a própria definição (estatuto) de obra de arte que a protege.
A obra de arte, mau grado o comércio que elas porporcionam, por um abastardamento que não foi feito ( mas de boa vontade consentido) pelos artistas, tem não outro objectivo senão proporcionar prazer.

CARTOONS -III
Há obras de arte de 1ª, 2ª e 3ª categoria?
Um cartoon de um colaborador diário da imprensa, empregado de uma publicação, com a responsabilidade de apresentar regularmente o seu "boneco" tem a mesma dignidade que uma obra "espontânea" imposta pela pulsão de criar?
Não têm. Por mais inspirados e primorosos que possam ser os operários da arte com obrigações, com horários, com preço pré fixado.
Fabricar "arte" é diferente de ser subjugado pela pulsão de criar.

CARTOONS-IV
A liberdade de expressão é conciliável com a escolha dos temas que tornamos objectos de expressão?
Voltamos ao princípio. A liberdade de expressão não estando objectivamente condicionada, pela lei, por patrões ou por qualquer outra pessoa ou entidade que detenha os meios para o fazer, é uma questão intima. É o artista o julgador e o beneficiário e/ou a vítima da sua própria decisão.
Criar problemas nacionais ou internacionais em função de coisas tão simples é tomar, ilegitimamente, dores que não são nossas. Deturpá-las. Aproveitá-las. Com sinal mais ou com sinal menos. Poucoimporta.

CARTOONS-V

O episódio dos cartoons publicados pelo jornal Dinamarquês só despoletou equívocos e reacções estremadas.
No Ocidente e no mundo Islamizado. Nos políticos e nos líderes religiosos.Toda a gente embarcou na mistificação, que uns poucos preperaram. Ateus e crentes, religiosos , agnosticos, laicos, curiosos e os habituais comentadores com vontade de "dizer coisas"
Nos jornais e nas televisões.

Ninguém escapou.
Vale a pena resuscitar alguns desses equívocos.
I-Alguns comentadores querem, a todo o custo, encontrar um culpado.
A culpa é dos cartoonistas, dos jornais , do mundo Islâmico ou...nossa. Que não temos coragem para mostrar aos fanáticos activistas Islâmicos que "cá com os ocidentais não brincam" (sic). Que não devemos "dobrar a lingua" nas nossa reacções de repúdio da violência a que se tem assistido.
É indiscutível que a Europa tem uma outra forma de analisar o problema e não deve modificá-la.
É indiscutível que todos os actos de violência devem ser condenados.
E só por uma absurda convicção de alguns comentaristas ( que , eles sim, só lamentam algumas formas de violência, porque o que lhes interesssa não é condenar a violência, mas apoiar ou atacar pessoas, grupos de pessoas ou comuniddes) se pode pensar que todos nós temos obrigação de declarar o óbvio sempre que abrimos a boca.E o óvio é A rejeiçao de todo e qualquer tipo de violência seja quem for que a pratique. Como se fez em resposta à nota de Freitas do Amaral.
Esses pseudo vigilantes da boa ordem , mentirosos profissionais, querem que digamos aquilo que sentimos e eles não sentem e sempre se negaram a dizer.
Culpados , para encurtar razões, são os autores materiais dos actos de violência. O resto é alimentar a confusão que muitos desejam.

II- Outros já vão ao ponto de pôr em causa a construção europeia. De uma europa forte e coesa, indispensável à defesa dos interesses dos europeus.
A resposta política ao ataque de embaixadas é só uma . O fecho das embaixadas, a retirada dos embaixadores e pessoal diplomático, o encerrramento das embaixadas dos países agressores nos nossos países e corte de relações diplomático/políticas.
Mas aí os nossos soberbos e zarolhos guias esprituais hesitam. Porque sabem que o que lhes interessa preservar é muito mais importante. As relações comerciais face às quais, na filosofia globalizante que nos envolve, todos os outros valores passam a ser secundários.
Ignorantes ou hipóctritas é o que eles são.
Ponto final.

Tuesday, February 07, 2006

~
Como são saborosas as guerras dos ricos.
Belmiro não quer a PT para nada. Para ele , como para todos os ricos inteligentes, ganhar dinheiro não é mais do que um jogo. A que dedicam toda a sua atenção e qualidades. E defeitos também. Exibem a sua melhor estratégia, arriscam sem na verdade arriscar nada, fazem perder o sono e a paciência aos que temem as suas iniciativas e até trocam as voltas aos governantes mostrando-lhes quem é que afinal dita as regras. Banham-se num sadismo mais refrescante que um bom duche e riem-se intimamente de quem os leva a sério.

Belmiro é um gozão. Provavelmente nem está interesssado na aquisição que está nas mãos do Estado e da Telefónica, mas o prazer de tirar o sono aos seus adversários pondo-os a adivinhar as suas verdadeiras intenções e a planear estratégias de defesa que lhes evitem cair nos dentes do lobo mau, já ninguém lho tira.

Coitados dos pobres que têm no euromilhões o único jogo que lhes permite sonhos e expectativas. E...não metem medo a ninguém!

Monday, February 06, 2006

Subsidios

Se fosse no Funchal já ninguém se admiraria. Mas não. Foi em Gaia. Ali en frente ao Porto.
Mas a verdade é que não há razões para pensarmos que em Gaia as coisa se passam de modo diferente. E que, por isso, tivessemos quaisquer ilusões.

Lá, como cá, temos diligentes operários da democracia . Que a "servem" o melhor que sabem. E se mais não sabem não é culpa deles.
Aliás , em termos de prestígio da democracia, o grande Porto estão tão bem servido como a Madeira.

Vejam lá esta: a Câmara de Gaia celebrou protocolos com sete jornais do concelho. Sete. Para que sirvam o jornalismo, a cultura e a região? Isso é que era bom!
Por mero acaso (e todos sabemos que nesta democracia estas coisas só acontecem por acaso) ficou de fora o "Jornal dos Carvalhos". Que ( só por acaso, também) é um dos periódicos que mais têm criticado a gestão do presidente da câmara.

E , ainda por um outro qualquer inexplicável acaso, o director daquele jornal (Manuel Cruz) foi até , impedido de entrar na reunião com responsáveis de outras publicações.

Este pequeno exemplo de como uns "pequenos acasos" nos podem levar a pensar que os líderes boçais e arcaicos ainda mexem e até se julgam com grande futuro. merecia investigação académica. Material não falta.


No casonão passa de um pequeno problema de bairro e talvez por isso não tenha sido noticiado como merecia.

O que é preocupante á a tendência para alastrar destes epifenómenozinhos .

E a sua tendência à disseminação. Como as epidemias.

Saturday, February 04, 2006

A Caçada

Já começou a caça ao Mendes.
A pressa e a fúria dos candidatos á sucessao é tao grande que entraram já de estribeiras perdidas.
Nao se apercebem da nudez com que se apresentam.
Já se sentem confortáveis nas suas montadas, soltaram a matinha e querem correr atás da raposa.
Coitados. Nao têm verdadeiros amigos. Daqueles capazes de lhes dizer que o seu hálito fede.
Sao vítimas do sadismo dos que se limitam a gozar com as suas peripécias e da sua própria cegueira.
Querem nomes? Eu digo. Mas basta ler com atençao os jornais da última semana.
Vamos também nós gozar o show...

Thursday, February 02, 2006

Quinta Feira, o2 Fev. 20h36m

Desconfiemos desta paz podre pós eleitoral.

Pacheco Pereira com a prestimosa colaboração de Zita Seabra lançou no mercado livreiro um ópusculo com a ua intervenções no período pré eleitoral alargado. Muito à Americana,. Em cima da hora, como vincaram editora e autor. Mas com a nota pacóvia cá da paróquia, que não podia faltar.
Nada de novo. Nem no folclore. Nem no pretensiosismo do título.
"Quod erat demonstrandum " lhe chamou a autor.
Que paradoxalmente se redimiu "in actu" das previsões em que falhou. Assim é de crer que por erro de impressão o título tenha saído sem um ponto de interrogação final.
Porque o título que lhe assentava que nem uma luva era:
"Que quiz eu demonstrar?"
Teria sido uma publicação semi policial e chata (mas pouco devido à sua imensão) a ombrear com o best seller de Dan Brown "O Código da Vinci" que fez o regalo de editores e leitores de todo o mundo.
Que grande oportunidade que as letras portuguesas perderam.
Séptico ou céptico?
Nem um nem outro.
Anticéptico!
Para evitar toda a infecções vindas de onde vierem.
E não cair no desespero da desesperança.